Rodadas de negociação em Brasília contaram com a participação dos representantes dos trabalhadores na CEE-Caixa
Representantes dos empregados na Comissão de Empresa dos Empregados da Caixa (CEE-Caixa) participaram nesta sexta-feira (19/9), em Brasília/DF, de duas rodadas de negociação com a Caixa Econômica Federal. Os encontros aconteceram na sede da Funcef e reuniram dirigentes sindicais de todo o país.
Pela manhã, durante a terceira mesa de negociação sobre o Saúde Caixa, a expectativa era de que o banco apresentasse proposta para o Acordo Coletivo específico do plano de saúde. No entanto, a Caixa frustrou os trabalhadores ao não trazer qualquer encaminhamento, limitando-se a apresentar estudos que indicam aumento da contribuição por parte dos usuários e nenhuma ampliação da participação da empresa no custeio — seja por meio de recursos adicionais ou aumento no percentual de rateio 70/30.
À tarde, ocorreu a reunião da Mesa Permanente, que tratou de temas como reposicionamento de agências, atuação das agências digitais, novo programa de reconhecimento (SuperCaixa), critérios para teletrabalho (home office) e avaliação de desempenho, além da situação de caixas e tesoureiros. Os representantes cobraram transparência e negociação prévia em futuros processos de reposicionamento e a garantia de que os trabalhadores não terão perdas salariais.
Os dirigentes também destacaram compromissos assumidos anteriormente pela Caixa e não cumpridos, como o debate prévio sobre fechamento de unidades e a preservação da carreira dos empregados. Reforçaram ainda que a escolha do canal de atendimento deve partir das necessidades dos clientes, e não de decisões unilaterais da empresa.
Outro ponto levantado foi o agravamento do adoecimento mental na instituição, considerado ainda mais grave que em bancos privados. Segundo os representantes, o quadro é consequência de metas excessivas, instabilidade organizacional e desvalorização dos empregados. Foi cobrado do banco um olhar mais humano, com revisão do sistema de comissionamento e valorização dos trabalhadores.
Representando a Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), Tessifon Quevedo Neto criticou a postura da empresa:
“Não é possível avançar em uma negociação em que os compromissos são assumidos e depois desrespeitados. A categoria exige respeito, valorização e a garantia de um Saúde Caixa acessível, sem aumento de custos e com qualidade de atendimento”, afirmou.
As rodadas terminaram sem proposta concreta para o Saúde Caixa, aumentando a frustração dos trabalhadores que cobram responsabilidade da empresa com a saúde e o bem-estar de empregados e aposentados. A Caixa ficou de apresentar proposta sobre o Saúde Caixa em até, no máximo, 15 dias, em nova rodada de negociação.
Na próxima quinta-feira, 25 de setembro, os representantes dos empregados convocam para uma nova mobilização e mais um Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa.
Fonte: Feeb SP MS
